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sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

A SEGUNDA GRANDE TENTAÇÃO DO DIABO: O SUICÍDIO.

Saudações meus queridos irmãos.
Tenho percebido que umas das maiores estratégias do inimigo para engrossar as fileiras da perdição, continuam sendo suas propostas diretas de ação, das quais nem Jesus foi poupado quando ainda na forma de homem.
Temos observado que o suicídio, com base numa expectativa de melhora ou socorro divino, tem sido uma das maiores investidas satânicas dos últimos dias.
Assim ele fez com Jesus Cristo, quando o mestre ainda estava na forma de homem:


Levou-o também a Jerusalém, e pô-lo sobre o pináculo do templo, e disse-lhe: Se tu és o Filho de Deus, lança-te daqui abaixo;
Porque está escrito: Mandará aos seus anjos, acerca de ti, que te guardem,
E que te sustenham nas mãos, Para que nunca tropeces com o teu pé em alguma pedra.
E Jesus, respondendo, disse-lhe: Dito está: Não tentarás ao Senhor teu Deus. Lucas 4:9-12


Há inclusive boas pessoas que, impulsionadas pelo coração chegam a abrir exceções e dizer que:

“Suicídio por doença (depressão aguda) não leva para o inferno!”

Esteja longe de mim, julgar se alguém foi ou não para o céu em razão de um ato, pois não conheço o último momento de um homem para com Deus e muito menos o que ele conversou com o Eterno antes de dar o último suspiro.
Quem sabe há assassinos que faltando um minuto para sua morte conseguiram demonstrar um arrependimento eficaz para com Deus, e assim não se perderam? Entretanto, também não podemos mudar a verdade, em face da dor que ela nos proporciona.
Se não temos a certeza absoluta de algo, estejamos calados, e aguardemos o dia em que tudo nos será revelado.
Admito que não é pecado nos confortamos com HIPÓTESES, mas pode ser pecado, ensinar hipóteses como se verdade divina fosse.
Por isso digo que não é prudente fazer a afirmação de que suicídio realizado em face de “depressão aguda” não leva ao inferno. E vou apresentar os motivos:
Não podemos afirmar o que ainda não conhecemos; apenas podemos apresentar hipóteses, sabendo, porém, que não se tratam de doutrinas ou verdades absolutas.
Eu sei que no céu teremos muitas surpresas, mas precisamos entender que a ida para o céu depende do livre arbítrio e esse só existe enquanto estamos completos, ou seja, enquanto temos corpo, alma e espírito.  
A desconexão de um, faz com que o arrependimento dos outros não tenha eficácia. Por essa razão, pessoas que estão no inferno, por mais arrependidas que estejam, não alcançam o perdão, pois a ausência do corpo invalida seu posicionamento.
Eu sei que a dor nos aperta ao vermos irmãos tirando suas vidas. É natural desejarmos que tal ato não seja reprovado por Deus, no caso de se tratar de uma pessoa mergulhada em tristezas, mas não podemos torcer a verdade por ela ser dura para nós.
O que pensar então?
Bom, atentem que, geralmente, a depressão NÃO nos rouba a consciência e nem o livre arbítrio; se roubasse, o suicida prepararia um cenário de morte, sem saber o que esta fazendo. O que na grossa maioria dos casos não é verdade.
Elias quis morrer, mas não se matou;
Davi se angustiou demasiadamente em sua alma, mas não se matou;
Sansão se sujeitou a morrer, como um soldado o faz, para executar o juízo sobre os filisteus, e não se suicidou como muitos querem acreditar;
Uma pessoa que para de tomar um remédio por não querer mais, não morre imediatamente, podendo tomar outras decisões que lhe prolonguem a vida ou aceitar o tempo que lhes resta, diferente do suicida que extingue as alternativas de vida ou o tempo restante de existência.
Não quero ser desrespeitoso com a família de ninguém. Repito: não vou julgar se A ou B, foi ou não para o inferno ou para o céu, não me cabe fazê-lo.
Mas nosso compromisso é com a verdade e, lamento, ela sempre dói. Deixe-me explicar então, de forma básica, a situação do suicídio, a partir de, pelo menos, três hipóteses das inúmeras que podemos levantar.
Existem basicamente três percepções externas de suicídio:
O suicídio induzido;
O suicídio voluntário;
O suicídio falso.

No suicídio induzido a pessoa é conduzida ao evento, por alguém, algo ou alguma situação (podendo ser essa uma grande doença), já no suicídio voluntário a pessoa decide acabar com a vida, independente de indução, mas por alterar sua visão de existência. O suicida começa a aceitar, e a justificar com os outros, que aquilo visto como mal é bom e o bom na realidade tende a ser mal.
Mas em geral, note que é a desistência da vida e a alteração e aceitação de conceitos internos, que fazem com que a pessoa não veja tal prática como uma violação a alma, mas como uma libertação dos problemas terrenos.
A pessoa inverte a posição de vida, ou seja, enquanto a regra é que se tenha coragem para viver e medo de morrer, o suicida adquire coragem para morrer e medo de viver. Fazendo assim a sua escolha. E no que diz respeito a escolha, Deus disse:

“Os céus e a terra tomo hoje por testemunhas contra vós, de que te tenho proposto a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe pois a vida, para que vivas, tu e a tua descendência,
Deuteronômio 30:19

Se houver decisão, em face da mudança de conceitos internos, e a pessoa consumar o ato de suicídio, fatalmente ela atentou contra o templo de Deus, que é seu corpo, realizando um mal, escolhendo a morte; toda a justiça outrora realizada por ela não será levada em conta.

A bíblia diz em Ezequiel 3:20 que:

“... quando o justo se desviar da sua justiça, e cometer a iniquidade, e eu puser diante dele um tropeço, ele morrerá: porque tu não o avisaste, no seu pecado morrerá; e suas justiças, que tiver praticado, não serão lembradas, mas o seu sangue, da tua mão o requererei.
Ezequiel 3:20

Deus aponta a nossa responsabilidade de avisar sobre as práticas erradas que levam ao inferno. Porém também aponta que se uma pessoa realiza o mal, independente de qual o seja, tendo sido avisada ou não, vindo a perecer, ela se perderá.
O que define a perdição é a faculdade do arbítrio.
Quantos de nós não ouvimos pessoas dizerem que estavam já com a corda preparada para se enforcarem, ou o revólver pronto para atirar, quando ouviram uma palavra que lhes fizeram mudar de ideia? Eu ouvi várias vezes.

Um amigo meu, que não era evangélico, estava com depressão no quartel. Ele, em razão do serviço, levou uma pistola 9mm para a guarita e com ela pretendia tirar sua vida, porém na hora de fazê-lo, ele se arrependeu, desceu de sua guarita e foi me procurar dizendo que não queria mais; entretanto sua tristeza continuava, então tive a oportunidade de conversar com ele e lhe mostra uma melhor solução para a vida.
Por essa razão não é prudente AFIRMAR que suicídio em razão de depressão aguda, não impede a salvação, pois não há como se definir se uma depressão tirou ou não o arbítrio de alguém. Essa afirmação pode destruir vidas ao invés de consolá-las.
Não são poucos os irmãos da igreja que estão nessa condição, e a grossa maioria não tem uma capacidade de avaliação abstrata da situação, mesmo estando sadios, podendo até decidirem pelo suicídio por terem abraçado, fiel e erradamente, uma hipótese como afirmativa canônica, ou seja, já tida como santa e verídica.
Foram afirmativas pautadas na emoção, como essa, que fizeram o povo acreditar nas indulgências e no purgatório, pois jamais alguém gostaria de ter a ideia de um querido seu ardendo para sempre no inferno. Muitos usavam até a bíblia para fundamentar, a partir de versículos isolados.
A verdade dói em todos nós, mas jamais podemos torce-la para fugir da realidade.
Entretanto não se pode ignorar uma outra possibilidade de suicídio, a qual levanta uma hipótese que somente comprovaremos quando chegarmos no céu, mas que se mostra aceitável com restrições: É a do “Falso suicídio”.
Essa modalidade ocorre, não por vontade ou arbítrio de alguém, mas irresistivelmente causada por uma ilusão mental ou óptica.
Se alguém, cristão temente a Deus, for entorpecido ou drogado sem que quisesse, ou vier a sofrer alucinações em razão da exposição a um agente químico, ou sofrer uma incapacidade mental temporária, ou perder o discernimento pleno por razão involuntária qualquer, vier a tirar sua vida sem que fosse essa a intenção, poderia o tal não perder a salvação.
Por exemplo, se uma pessoa, tendo seu discernimento afetado pelas situações antes mencionadas, pegasse em uma arma pensando ser um “secador de cabelos” e ao acioná-la, com a intenção de fazer uma tarefa simples, venha a atirar em seu crânio e morrer; nessa situação, ainda que para muitos tenha ocorrido um suicídio, de fato, não houve, pois se a pessoa estivesse com sua plena capacidade de avaliação, jamais faria tal coisa.
Numa situação assim, posso dizer que não houve suicídio, pois o resultado foi contrario ao que a pessoa arbitrou em seu íntimo.
Aí vocês podem me perguntar: mas se uma pessoa temente e fiel à Deus, em depressão, não estiver bem mentalmente não é o mesmo?
Bom, se essa pessoa chegou a um nível tal de precariedade mental a ponto de ser incapaz de discernir entre o certo e o errado, então na realidade seria uma vítima de um “falso suicídio”, e em tese não deveria perder a salvação (caso ela tenha adquirido a salvação em vida); a razão disso repousaria no fato de ter se assemelhando a uma criança inocente, que teria, por exemplo, a capacidade de pular da janela de um prédio sem ter noção de sua fatalidade.
 Devo lembrar que não subi ao céu, e não recebi a resposta de Deus de que há pessoas que, aparentemente, se suicidaram no céu; assim sendo se eu fizer a afirmação de que “suicídio em face de depressão aguda não leva ao inferno” e crentes em massa resolverem se suicidar em razão disso, serei eu responsável pela perdição dessas almas, e consequentemente prestarei contas a Deus.
Hipóteses teológicas somente serão confirmadas na eternidade; não podemos, portanto ensinar uma hipótese como se verdade comprovada fosse, pois receberíamos um duro juízo quanto a isso.
Em regra, o suicídio leva ao inferno, pois decidindo por se matar, uma pessoa viola o mandamento divino.
Qual?
O apóstolo João ensina:

“Qualquer que odeia a seu irmão é homicida. E vós sabeis que nenhum homicida tem a vida eterna permanecendo nele.1 João 3:15

Qual deve ser o parâmetro para amar o próximo?

Jesus disse:

“... amarás o teu próximo como a ti mesmo.
Mateus 19:19

Por que Jesus usou o amor a nós mesmos para quantificar e qualificar a forma de amarmos o próximo? Por causa do entendimento Judaico sobre o cuidado corporal. O apóstolo Paulo apontou em sua carta aos Efésios:

“Porque nunca ninguém odiou a sua própria carne; antes a alimenta e sustenta como também o Senhor à igreja;” Efésios 5:29

O apóstolo João ensina:

“Qualquer que odeia a seu irmão é homicida. E vós sabeis que nenhum homicida tem a vida eterna permanecendo nele.1 João 3:15

O apóstolo Pedro ensina:

“... nenhum de vós padeça como homicida, ou ladrão, ou malfeitor, ou como o que se entremete em negócios alheios;1 Pedro 4:15


Ora, se o simples fato de odiar um irmão, já confere o título de homicida a alguém, imagine o que ocorre quando alguém mata?
Mas se o parâmetro para amar ao próximo é amar-se a si mesmo, como seria visto por Deus a atitude de alguém tirar a sua própria vida?
Já ouvi absurdos de pessoas dizendo que suicídio não é homicídio. Talvez o ordenamento jurídico de uma nação legitime isso, no entanto nosso olhar é teológico, hermenêutico, bíblico.
Você é uma vida humana, comprado por Cristo, ou seja, não te pertence. Assim sendo o suicídio alcançará não só a compreensão de homicídio como  de roubo também, pois quem tal pratica faz, o faz com violência.
Jesus disse que Judas havia se perdido:

“... nenhum deles se perdeu, senão o filho da perdição, para que a Escritura se cumprisse.” João 17:12

Se vocês lerem a bíblia, vão ver que Judas teve grande remorso, se arrependeu de ter vendido Jesus, porém foi se enforcar, e por isso o próprio Mestre informou sobre sua perdição. Diferente do que aconteceu com Pedro, o qual negou Jesus três vezes, praguejou na frente do mestre, chorou amargamente, se arrependeu, mas não se matou vindo assim alcançar o perdão.
Em toda a bíblia vamos observar o direcionamento de que uma pessoa que realize uma ação, ciente que essa vai lhe tirar a vida, ao concluí-la, não alcançará o céu. Pois a missão de Deus é Dar vida, dar bênçãos e construir, mas a missão do Diabo é matar, roubar e destruir.
Não é Deus quem sugere à alma humana que ela tire a sua vida, a bíblia diz que é o diabo, ele fez isso quando tentou Jesus. Logo, me diga: se alguém ouve o diabo, e realiza as ações que ele propõe, qual será o destino dessa alma?
Amigo e Irmão. Não se mate. Há solução para a sua vida. Entre a vida e a morte, Deus lhe dá a dica: “... ESCOLHA A VIDA PARA QUE VIVAS.” Pois quem ESCOLHE a morte não pode viver eternamente.

Um abraço a todos e a Paz do Senhor.

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